Falta de conscientização de motoristas e pedestres agrava acidentes em BH

Durante audiência da Comissão de Mobilidade Urbana realizada na quinta-feira (15), vereadores, autoridades e especialistas debateram formas de reduzir os acidentes em Belo Horizonte. A falta de conscientização de motoristas e pedestres surgiu como um dos principais fatores que contribuem para os sinistros.

Pedestres e motoristas carecem de reciclagem no trânsito

A vereadora Fernanda Altoé destacou que todos os atores do trânsito, incluindo os pedestres, agem de forma impaciente e agressiva. Ela propôs um “curso de reciclagem” para motoristas e pedestres como forma de retomar regras básicas de convivência nas vias.

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  • Educação no trânsito ainda não alcança o público necessário

    A subsecretária Jussara Bellavinha lembrou que, embora existam ações educativas, o alcance ainda é limitado. O programa Vida no Trânsito gerou bons resultados no passado, mas os avanços se perderam nos últimos anos. Falta verba para campanhas mais robustas e abrangentes.

    Iniciativas tentam engajar grupos com alto índice de risco

    A BHTrans mantém programas em escolas, CRAS e academias, mas enfrenta resistência de escolas privadas e dificuldade para engajar motociclistas. Já a iniciativa privada, como a By Moto Honda, promove palestras diárias e cursos com foco em segurança.

    Trânsito afeta diretamente o sistema de saúde

    Mais de 20 mil acidentes ocorreram em BH só no primeiro trimestre de 2025. O Samu e a Sejusp alertaram que os impactos atingem diretamente a saúde pública, a Previdência e o orçamento da assistência social.

    Falta de fiscalização prejudica cumprimento das leis

    Motociclistas relataram que infrações são ignoradas diariamente nas ruas de Belo Horizonte. Desde que a BHTrans deixou de aplicar multas, cresce a sensação de impunidade. Autoridades reforçaram a necessidade de campanhas mais duras e de retomada da fiscalização ativa.

    Sistema viário está obsoleto

    Além da falta de fiscalização, a infraestrutura também aparece como problema central. O crescimento urbano não acompanhou melhorias nas vias, o que contribui para os acidentes. BH já tem mais veículos do que habitantes, o que agrava o desafio da mobilidade urbana.

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