Na segunda-feira, 6 de janeiro, estudantes e integrantes de movimentos sociais realizaram uma manifestação contra o aumento das tarifas de ônibus em Belo Horizonte e na Região Metropolitana. O protesto começou na Praça Raul Soares, na região Centro-Sul da capital, e seguiu em direção à Prefeitura de BH, mesmo sob forte chuva.
A ação foi organizada pela Frente Popular Pelo Transporte Coletivo, que já vinha realizando panfletagens em estações de ônibus e universidades, como o CEFET e a UFMG. Segundo Marina Costa, organizadora do ato, os aumentos são injustificáveis, pois os serviços oferecidos são precários, com ônibus sucateados e horários irregulares, além de preços que comprometem até 20% da renda das famílias.
Belo Horizonte agora figura como a quarta capital com tarifas mais altas do país. Em cidades próximas, como Contagem e Ribeirão das Neves, o cenário é ainda mais crítico, com aumentos de até 40%. Os manifestantes também reivindicam a gratuidade no transporte público e denunciam a relação entre empresas privadas e o poder público, que, segundo eles, privilegia empresários em detrimento dos usuários.
A luta por tarifas acessíveis é histórica em Belo Horizonte, com momentos marcantes, como a redução de preços obtida em 2013 após a ocupação da Câmara Municipal. O movimento reforça a necessidade de mobilização constante em prol de um transporte mais justo e acessível.