O Sistema de Bilhetagem Eletrônica não poderá ser controlado por empresários de ônibus em Belo Horizonte.
A decisão foi aprovada pelos vereadores da cidade na quinta-feira, 26 de outubro, durante votação em 2º turno, do projeto de lei, de autoria da vereadora Fernanda Pereira Altoé (Novo), que proíbe a participação de empresários de ônibus e seus familiares no controle de empresas de bilhetagem eletrônica. O objetivo da proposta, segundo a vereadora, é garantir transparência no sistema.
“O nosso contrato atual fala que as empresas concessionárias é quem vão fazer o trabalho da bilhetagem eletrônica. Por isso, hoje temos um sistema em que ninguém tem números, a gente não sabe quanto o sistema arrecada, como o sistema distribui o dinheiro dentro das empresas, inclusive o pagamento do subsídio. A nossa sugestão é que a partir do próximo contrato, em 2028, possamos revolucionar a questão da mobilidade urbana em Belo Horizonte. Ao invés da gente estar custeando por uma empresa que é cara, com custo mensal de mais de R$ 1,3 milhão, nós podemos ter uma empresa que vai pagar para o município para estar prestando esse serviço. Isso vai impactar no valor do subsídio e no valor da passagem”, explica Fernanda Pereira Altoé.
Aprovado por 20 votos favoráveis e 19 contrários, a votação do projeto precisou do voto de minerva do presidente da Câmara para desempatar o placar que inicialmente ficou empatado com 19 votos favoráveis e 19 votos contrários. Para entrar em vigor, o PL precisa agora da sanção do prefeito Fuad Noman (PSD).