A construção da Linha 2 do metrô de Belo Horizonte tem gerado sérios problemas para os moradores do bairro Nova Cintra. Durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, relatos de falta de indenização e pressão para desocupação foram destacados. O caso de Natalice Gomes da Silva, que perdeu a perna depois de um atropelamento por trem, evidencia os riscos que a comunidade enfrenta.
Impactos das obras da Linha 2
Desde o início das obras da Linha 2, os moradores têm enfrentado dificuldades como a perda de acesso a serviços básicos. Jairo Pereira, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, destacou que 16 famílias ainda aguardam indenização. A situação se agrava com a presença de entulhos e animais perigosos, além de danos estruturais nas residências.
Relatos de pressão e falta de diálogo
Amanda Lélis da Silva relatou a sensação de estar sendo expulsa de sua casa devido à pressão silenciosa exercida pela empresa responsável pelas obras. A deputada Bella Gonçalves lamentou a ausência de representantes das empresas e da Secretaria de Estado de Infraestrutura na audiência, ressaltando a falta de diálogo com a comunidade afetada.
Medidas e encaminhamentos
Como resposta aos problemas enfrentados, a Comissão de Direitos Humanos anunciou a realização de uma audiência de conciliação para o caso de Natalice. Além disso, a fiscalização das obras contará com um processo rigoroso em parceria com a Superintendência do Trabalho. O Ministério Público também vai atuar para incluir as famílias no plano de reassentamento.
A situação dos moradores do bairro Nova Cintra evidencia os desafios enfrentados com as obras da Linha 2 do metrô. A busca por soluções justas e a garantia de direitos são essenciais para minimizar os impactos negativos na comunidade.