Impacto do MOVE na mobilidade dos belo-horizontinos

O MOVE, sistema de transporte baseado no modelo BRT (Bus Rapid Transit), foi implantado em 2014 com a promessa de melhorar a mobilidade urbana de Belo Horizonte. O objetivo era oferecer deslocamentos mais rápidos, seguros e eficientes, reduzindo o tempo de viagem e desafogando o trânsito. Após uma década de operação, o sistema apresenta avanços, mas também enfrenta desafios que impactam a qualidade do serviço para os belo-horizontinos.

1. O que é o MOVE?

O MOVE é um sistema de transporte de alta capacidade que opera em corredores exclusivos para ônibus, semelhante ao modelo de Curitiba e ao BRT do Rio de Janeiro. Ele conta com estações que permitem embarque em nível, reduzindo o tempo de parada e melhorando a eficiência do sistema.

Atualmente, o MOVE possui três corredores principais:

  • MOVE Antônio Carlos/Pedro I: Liga a região da Pampulha ao Centro de Belo Horizonte.
  • MOVE Cristiano Machado: Conecta o Vetor Norte da cidade ao Centro.
  • MOVE Bernardo Vasconcelos: Facilita o deslocamento entre a região nordeste e o Centro.

2. Impactos positivos do MOVE na mobilidade de BH

2.1. Redução no tempo de deslocamento

Os corredores exclusivos do MOVE permitem que os ônibus circulem sem interferência do trânsito comum, tornando o deslocamento mais rápido do que os ônibus convencionais. Em algumas rotas, o tempo de viagem foi reduzido em até 30%.

2.2. Maior capacidade de passageiros

Os ônibus articulados do MOVE comportam mais passageiros do que os coletivos tradicionais, ajudando a atender a alta demanda do transporte público de Belo Horizonte.

2.3. Melhoria na acessibilidade

As estações do MOVE possuem embarque em nível, o que facilita o acesso de pessoas com mobilidade reduzida. Isso representa um avanço importante para a inclusão no transporte público.

3. Desafios e problemas do MOVE

Apesar dos avanços, o sistema enfrenta desafios que comprometem sua eficiência e qualidade.

3.1. Superlotação nos horários de pico

Muitos usuários reclamam da lotação dos ônibus, especialmente nos horários de maior movimento. A demanda supera a oferta em algumas linhas, tornando as viagens desconfortáveis.

3.2. Manutenção precária das estações e veículos

Algumas estações apresentam problemas estruturais, como falta de iluminação e escadas rolantes quebradas. Além disso, parte da frota de ônibus precisa de manutenção, o que impacta a qualidade do serviço.

3.3. Falta de integração eficiente com outros modais

Embora o MOVE tenha sido projetado para facilitar a mobilidade, a integração com o metrô e outros meios de transporte ainda precisa de melhorias. A ausência de um sistema de bilhetagem unificado dificulta a conexão entre os modais.

4. O futuro do MOVE: melhorias e perspectivas

A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou investimentos para aprimorar o sistema, incluindo:

  • Requalificação das estações: Reformas para melhorar a infraestrutura e a segurança dos usuários.
  • Renovação da frota: Substituição de ônibus antigos por veículos mais modernos e confortáveis.
  • Ampliação da integração: Estudo para unificação das tarifas entre ônibus e metrô.

Conclusão

O sistema trouxe avanços significativos para a mobilidade urbana em Belo Horizonte, reduzindo o tempo de deslocamento e oferecendo um transporte público mais eficiente. No entanto, desafios como superlotação, falta de manutenção e integração limitada ainda precisam ser solucionados para garantir um serviço de qualidade à população.

Acompanhe as melhorias no MOVE

Se você utiliza o MOVE, fique atento às mudanças e participe das discussões sobre transporte público na cidade. Sua opinião pode contribuir para um sistema mais eficiente e acessível para todos.

Deixe um comentário

Sair da versão mobile