Avenida Cristiano Machado lidera em acidentes na última década em MG

A Avenida Cristiano Machado, em Belo Horizonte, destaca-se como a via com maior número de acidentes nos últimos dez anos em Minas Gerais, superando inclusive o Anel Rodoviário. Desde 2014, a Cristiano Machado registrou 31.385 acidentes, enquanto o Anel Rodoviário teve 25.581.

A explicação para essa alta incidência de acidentes está ligada à intensa ocupação urbana na região Nordeste da capital e à dinâmica da avenida, caracterizada por muitos cruzamentos e entradas e saídas de veículos, o que aumenta os pontos de conflito.

Segundo especialistas, a movimentação intensa na avenida, mesmo fora dos horários de pico e os diversos cruzamentos, são fatores que contribuem para a alta taxa de acidentes. A avenida serve tanto para quem se dirige ao Centro quanto para a Cidade Administrativa, intensificando o tráfego de carros, motos e ônibus.

Além disso, a Cristiano Machado tem um volume significativo de veículos devido ao desenvolvimento econômico da região, especialmente após a criação da Cidade Administrativa.

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) revelam que a Avenida Cristiano Machado tem uma diferença de 22,6% no número de acidentes em comparação com o Anel Rodoviário. A movimentação constante em ambos os sentidos, o comportamento de risco dos condutores e o aumento no número de veículos na capital são fatores que contribuem para essa liderança.

Belo Horizonte tem mais veículos que pessoas, e o comportamento imprudente dos motoristas, como uso de celular e ansiedade para chegar ao destino, também são causas frequentes de acidentes.

No primeiro quadrimestre de 2024, Minas Gerais registrou 93.992 acidentes, com 27 mil vítimas, das quais 616 morreram. A maioria das vítimas são jovens entre 18 e 29 anos e 70% são homens.

A Avenida Cristiano Machado lidera o número de vítimas com 7.288 casos na última década, enquanto o Anel Rodoviário registrou 7.083 vítimas.

A BHTrans está ciente dos riscos na Cristiano Machado e possui um plano de ações para melhorar a segurança, que inclui fiscalização, engenharia do trânsito e programas educacionais.

A diretora de dados e informações da BHTrans, Jussara Bellavinha, destaca que os acidentes causam grande impacto, afetando desde as vítimas e suas famílias até o Sistema Único de Saúde (SUS) e a mobilidade urbana da cidade.

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